Continuação

Tico-pati-copati-copatar!!!

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Quinta-feira: Foi um dia de muito “E”. Muito estressante muito estranho e muito “edeota” (como diz a Judy). E como todo bom dia de “E” que se preze tudo começou logo pela manhã, no colégio pra ser mais exato. Foi lá pela quarta aula, a de gramática, nós esquecemos de fazer o maldito dever de casa (e é 3° ano) e o maldito diretor Skiner fez a gentileza de me suspender por três dias (e é 3° ano) ou seja, só voltaria ou colégio na terça- feira e neste caso não poderia vir sábado para fazer as provas (e é 3° ano) e então fui pra casa de um amigo até que eu pudesse ir pra casa e chegar na hora costumeira para a minha mãe não desconfiar de nada. Pois eu sabia que ela já tinha muitos problemas. ESTRESSANTE.

À tarde eu deveria ter aula de direção, mas como é de praxe minha auto-escola me deu um bolo e fiquei em casa esperando o cara vir com o carro a tarde toda ao invés de fazer outra coisa mais útil. Então como que do nada o meu pai chega e pergunta se eu não deveria estar fazendo nada, eu digo que estava esperando o cara da auto-escola e ele diz que eu sou um vagabundo e que tenho que ir a traz do que eu quero, e foi o que fiz, peguei minha bicicleta e fui pra aula de Tae Kwondo. E não sei o que aconteceu lá, mas Beebe nem se quer tentou encher o meu saco. Algo estava errado e eu não sabia o que era. E como é ruim não saber das coisas.
ESTRANHO

A noite veio e com ela a esperança de o dia terminar bem, mas não foi o que aconteceu. Passei horas no MSN esperando a Patti e ela não apareceu. Fui deitar pensado então numa maneira de gazear aula.
“EDEOTA”

Sexta-feira: Acordei e já fui logo colocando em pratica o plano que eu teria bolado antes de dormir na noite passada. Falei com minha mãe e disse a ela que não iria para o colégio, pois teria que ir a junta militar pegar meu certificado de reservista ou o governo me prenderia, ela acreditou e eu fiquei com mais raiva de mim mesmo. Fui até lá (sim o certificado é verdade, mas eu sabia que não estava pronto) e depois de confirmar que não tinha certificado nenhum eu fui para o site mostrar algum serviço, já que agora era tempo livre até demais.

À noite eu não fui pro Tae Kwondo, pois o clima não tava nada bom pra isso, então encontrei a Patti no MSN, conversamos um pouco e fui dormir pensando na segunda maneira de gazear.

Enfim o Sábado: Não fui pra escola dando a simples desculpa de que não haveria aula naquele dia (mamãe nunca sabe os sábados que tem aula ou não). Então eu passei parte da manhã com meu pai no super mercado e foi legal por que consegui comprar um condicionador do Snoopy pra mim, eu queria isso ja faz um tempo (risos), depois voltei ao site e mais tarde fui pro Tae Kwondo. E é exatamente ai que começa a parte triste dessa historia.

Neste dia o Skeeter me ligou pedindo pra dormir na minha casa pra podermos ir juntos à reunião do site no domingo. Eu concordei e quando o vi lá no Tae Kwondo fui logo perguntando se ele teria levado minha câmera que eu tinha emprestado pra ele. Ele respondeu que sim e então fomos treinar.

Estranhamente, neste dia o professor nos colocou para lutar um contra o outro e foi até divertido por que a luta meio que deu empate. Então eu fiquei feliz pelo meu amigo ter tirado coisas boas da sua derrota no ultimo campeonato. E quando estávamos indo embora ficamos comparando os ferimentos da luta, como se cada dos machucados fossem únicos, pois aquela foi nossa primeira luta de igual para igual.

Então veio a noite e depois do jantar fomos logo pro computador ver as fotos que ele havia tirado com minha câmera. Estávamos rindo das poses quando de repente, não sei bem por que, Skeeter me perguntou se eu sabia que ele iria embora de Bluffington lá pelo final do ano. Eu disse que não sabia de nada (assustado e sorrindo) e perguntei (com a garganta meio seca) se era verdade e por que ele iria embora. Ele disse o que de certa forma eu já sabia que diria. Estudar. Então conversamos um pouco sobre isso trocamos declarações sinceras de amizade (parece gay, mais só grandes amigos entendem isso) depois fui pra cama ler revistas e deixei o computador pra ele usar.

Enquanto ele pesquisava alguma coisa na internet eu recortava as revistas que eu tinha como uma forma de não pensar no assunto da viagem. Mas foi impossível não fazer nada a respeito, então me segurei até que ele dormisse e de madrugada quando tudo era só silencio.

Cai uma lagrima, uma única lagrima de dor e felicidade. Eu agora tinha sentido a saudade bater em mim mesmo antes da partida. Coisa que até agora não tinha sentido nem quando minha irmã e meu pai teriam me contado que iriam morar noutra cidade. Eu teria agora a certeza de que fui importante na vida de uma pessoa e faria falta para ela assim como ela faria para mim.

O Domingo: O domingo foi triste.

Douglas Yancy Funnie